(06042015)
.e era para ser só um bom dia, mas havia passado o aniversário dele e eu tinha que pensar em algo porque era 'ele', para 'ele' e 'ele' era sempre bom com palavras e eu não podia fazer feio. começo a pensar com todos os meus botões e logo, na primeira lembrança desde a última vez que nos vimos, uma situação em particular veio à mente.
.okey, vai soar estranho, mas lembrei de quando minha avó faleceu e você me levou pro bar. bom dia.
(horas depois)
"Foi uma das noites mais reais das minhas férias no Brasil. Vi teu recado, mas to tentando achar tempo de responder à todos. Vamos nos falar de novo em breve x"
Dont worry. Take your time
.naquele dia eu estava estranha. minha avó havia falecido. não a conheci, apenas por foto. mas lembro que fiquei muito mais triste pelo fato de meu pai ter me ligado chorando para dar a notícia do que com a notícia em si - o que também me deixou com uma sensação escrotíssima ao meu próprio respeito e julgamento. eu mal falava/falo com meu pai. e diante daquela situação, de todo o contexto e a história que havia entre meu pai e sua mãe/família, fiquei abalada. lembro de ter ficado com um mix de coisas dentro de mim - coisas boas e ruins e confusas. e eu só precisava distrair a cabeça, enganar aquelas sensações e tentar pôr tudo no lugar. e 'ele', ao final daquele dia, me ligou, me buscou e me levou para uma noite descompromissada em um bar daqui. lembro que conversamos sobre muitas coisas: perdas, família, amores perdidos, histórias antes nunca contadas, partes de nossas vidas ali, naquela mesa pequena, aonde nos abrimos e nos declaramos.
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