[ouvindo Dashboard Confessional e me empanturrando de coisas que eu não precisaria ingerir]
.e eu me vi diante de uma situação que me enchia de sorrisos e inseguranças, nunca sentido antes. nunca sentido. antes. era em uma escala incomparável as demais. coisas demais. sentidos demais.
ir ou não? ok. ate lá, eu me preparo e fico em prontidão. vou pensando, sentindo as coisas, e até lá, eu decido. pronto. fácil e indolor.
.querida, te digo: puro engano.
.passa um, dois, três dias. faz roteiros, casa horários, pensa nas possibilidades, entra em um tanto de sites, procura casas, trem, ônibus, tickets. salva tudo. marca tudo. revisa tudo. a parte prática caminhava. mas e lá dentro? como tudo se desenrolava, misturava, sentia?
e o medo de não ser boa? de não ser suficiente? de estragar? falar/fazer algo e estragar tudo, de novo? e o medo de não ter mais nada disso? não ter mais as pequenas surpresas das mensagens noturnas que me deixavam com aquele sorriso cretino?
.estranho como 'isso' era mais chocante do que o valor da passagem e a dificil tarefa de dividir um colchão de casal com outra pessoa. e daí que vem junto todo o tipo de questionamento - graças aos bons, pacientes e santíssimos amigos, novos e/ou já amados, que mesmo há um oceano de distante e 3 horas de atraso e/ou daqui do lado, me socorrem e me trazem de volta a essa minha procura e foco. estaria eu, preparada para lidar, agora, com mais essa sensação/sentimento/situação?
.se desse certo, como seria depois?.
seria incrível e ele iria embora em alguns dias e eu ficaria aqui, sozinha, por mais alguns tantos outros.
e se desse errado, não acontecesse nada do que você queria ou achava que aconteceria,como seria depois?
seria terrível pois, além da possível frustração, me tiraria a sensação e segurança boba que até então, devo confessar, me dava suporte e pequenas alegrias nessa fase solitária dos lados de cá.
.pois é, difícil identificar e responder cada pergunta.
.e daí que o prazo se esgota, e às vésperas você decide não ir. por desculpa, ironia do destino ou pura e simples racionalidade, você se recusa a pagar os 220 euros em um vôo direto, ou uma escala em dois países com horas eternas entre avião + ônibus, para no fim das contas, ficar um pouco mais de 24h ao lado de um rosto lindo e uma companhia mais ainda.
.mas tanta racionalidade pode nos levar a perder oportunidades/vivências/momentos importantes e únicos em nossa vida. as vezes, o 'arriscar' vale a pena, já que é algo que você tanto quer. se vai dar certo ou não, a gente só sabe fazendo, tentando, errando, vivendo, sentindo.
.ok. eu quero, e queria muito. acredito que seria incrível, independente de todo o pensamento e expectativas (impossíveis de não serem criadas). eu teria Paris sob meus pés e ao alcance dos olhos. o sorriso dele seria só uma amostra grátis de um bom fim de semana. mas agora, esse luxo/loucura, me desculpe as forças do destino (filme que amo e odeio), mas não posso topar e me permitir.
.nisso tudo - que deixo aqui bem claro, ainda não foi digerido, considerando todo o final dessa história e todas poucas lágrimas despejadas pelos meus 15 minutos de carência anunciada - , só uma coisa é certa: as decisões que você toma têm que ser por você e para você mesma. pense em tudo, mas pense sempre primeiro em você, no seu bem estar, no seu valor, na sua segurança, no seu coração, porque ele e só seu.
...
.e sim, sou mulherzinha e u não estou preparada para mais essa emoção.
por ironia da viada da vida, que costuma sempre ser engraçada, recebi esse texto hoje, e achei super cabível para o meu agora e me faz lembrar o motivo pelo qual estou aqui.
http://lounge.obviousmag.org/de_repente_da_certo/2015/02/se-o-amor-da-minha-vida-nao-chegar.html
Um comentário:
engraçado... ODEIO esse filme!
hahahahahahaha serio, sempre odiei! assim como ps eu te amo... odeio! urgh.. qto a todo o resto.. nao sei nem o q dizer.. apenas que permita-se, mesmo que seja chorar, mas permita-se passar por todos esses sentimentos.. é o que dá graça à vida s2 lov tu
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