outubro 27, 2006

Rosas na Janela

E assim era para ser:

"Rosas na Janela"

- trimmmm.

mar, noite. uma pessoa com água até o pescoço olha o infinito. abruptamente afunda. Julia acorda assustada com o despertador. começa mais um dia, talvez o mais importabte. ela abre o armário do banheiro e se olha no espelho. cansada. a meninda pensa o quanto já é tarde, olha para a janela. aperece na sala, sinlêncio. ela fuma ao lado do telefone. muito silêncio, ela espera. começa o desespero enquanto ela lembra de fatos passados, olhando fotos antigas rasgadas. começa a chorar. começa o vazio. decepções amorosas e amizades perdidas, nem ela sabia porque se sentia daquele jeito. a casa vazia... ela brinca com um frasco de comprimido. olha para a janela. imagina o que poderia estar fazendo além de ficar ali sentada. imagina coisas, chora, fala sozinha e fuma mais e mais. milhares de coisas passavam em sua cabeça... sua frio e o telefone não toca. quase por reflexo ela dirige-se à porta. desce as escadas. a escadaria nunca parecerea tão íngrime , tão sufocante , tão infinita...
saiu à rua. milhares de pessoas no vazio, ninguém. delírio. simplesmente ninguém na multidão que passa quase como um raio... nada a fazer. passa em frente a uma igreja . nunca sentiu tanta necessidade de ajuda. surge um olhar em meio a confusão. dor. alguns esbarrões. lembram tiros. angústia.
foi até a praia. liberdade. pensativa olha para o mar e o imaginava de todas as formas, de todas as cores...
já era fim de tarde. olha ao seu redor. ninguém. volta o mdo. levantou, pisou fundo na areia. deixa as marcas dos seus pés e dava passo por passo em direção ao mar. lembrança. entra cada vez mais na água. livre. continuou seus passos. continuou seus passos. entra no mar. calma. pensativa, olha o horizonte. era a coisa certa a se fazer. sem mais possibilidades, sem mais volta... a consciência vai se esvaiando aos poucos. afunda no mar. um silêncio quase mórbido. a lua nunca esteve tão bonita.

- trimmmm.
- alô?
- oi, aqui é a Julia.

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