outubro 27, 2006

Opostos repelidos.

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eu era nova e ele, o bom moço da barba por fazer, mais velho. ele tinha uma cara séria, mas o sorriso pequeno , embora sempre contido, logo derrubava aquela mascara e entrega seu jeito de ser. eu começava a descobrir as coisas da vida e ele, já sabia demais. eu era tímida e apaixonada. uma paixão singela, meio freudiana pelo bom moço. eu olhava para ele e no automático, fantasiava coisas bobas. meio barbie e ken. ou bob. não me lembro como tudo 'começou', como as coisas foram acontecendo. lembro-me das mãos dadas, dos poucos sorrisos e do fim. do fim e dos inúmeros silêncios, dos medos, da 'parte séria' dessa história. lembro-me do bom moço chorando. de você chorando. o primeiro homem que eu vi chorando, o homem que parecia menino e frágil e tão 'humano' e errante e cheio de inseguranças como e quanto eu. as vezes penso sobre tudo e as vezes vejo o quanto fui 'imatura'. eu poderia ter tentando mais. poderia? e as vezes imagino como coê deve me odiar por isso! é. eu era irritavelmente imatura. mas eu era uma menina. quantos anos mesmo? 15,16? oka. nem tão menina mas nem tão madura para assumir relacionamentos, compromissos, nem tão pronta e nem tão aberta. eu não sabia ainda como lidar com sentimentos, desejos... acho que até hoje eu não sei... mas não consigo ser metódica quanto a isso: agora vou me apaixonar, agora eu vou ser dele e ele será meu e agora teremos planos concretizar e agora só esta pessoa importará até os restos dos tempos da minha vida. saca? não sei se a questão é realmente uma 'questão' de amadurecimento ou simplesmente de ter, sentir e viver as coisas de formas diferentes. enfim.

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