agosto 15, 2006

O garoto "Saves The Day"

Até hoje não sei o nome dele, mas nem precisava tanto. De longe ele já era perfeito e eu nem queria estragar essa 'relação'. Mas ele era assim: um pouco maior que eu (porque todo mundo é maior ou um pouco maior que eu), cara de menino lindo, loiro de cabelos revoltos e sorriso hipnótico. E ele era foda. Ele passava e as garotas suspiravam. E claro, ele tinha namorada. Mas mesmo assim, ele passava e as garotas suspiravam. Quem já viu algum clip do Saves The Day sabe do que estou falando. Bem, foda. Muito.
Um dia, não me lembro como (até hoje me pergunto ser era real ou alucinação) ele apareceu na roda da conversa . Sem a namorada, que agora era ex. "Ex coitada" porque perder um cara daqueles era depressão e tarja preta na certa. Mas bem, ele esta lá, na roda da conversa. Ele em carne e osso, com a cara de menino lindo, os cabelos loiros revoltos e o sorriso hipnótico. Ele, eu e meu amigo "perigoso" (porque esse era exatamente o nome dele). Conversa vai , conversa vem e ele lá, lindo, sorrindo, conversando horrores. Super comunicativo. Super 'gesticulativo'. Super sorridente. Gargalhando e eu lá. Morrendo internamente, rindo como uma hiena vesga me perguntado 'hã? como assim?? né?!' Mas mantendo a calma e a pose. Sempre. Além de perfeito de longe ele é perfeito de perto?!! Muitas horas de conversa vai e conversa vem e ele começa a puxar assunto. E começa a beber da minha cerveja. E começa a conversar e tocar em mim. Sabe quando as pessoas conversam e tocam em você, tipo, tocam teu ombro, tua mão e aquilo, as vezes, e em muitas vezes, te irrita??!! Mas não, ele não, ele nunca! Ele podia tudo. Tocar tudo e até mais um pouco. Eu deixava e morria e derretia a cada toque. Uma momento quase íntimo. E eu cada vez mais bêbada e vesga e risonha pensava 'o cara do saves the day tá falando e tocando em mim'. Unrum. Eu, já meio bruxa, nem entendia o que ele falava. Eu só conseguia rir junto, olhar aquela boca, e tentar acompanhar toda aquela situação. E ele queria saber do meu piercing da língua. Ele perguntava coisas demais sobre o meu piercing da língua, mas eu nem mais conseguia responder meia duzia de palavras. Porque as palavras se perdiam e se embaralhavam nos meios dos pensamentos insanos, e antes de dar qualquer brecha , eu ficava calada, porque calada ou rindo ou bebendo, era melhor.
E daí, ele foi embora. Não lembro como também. Se desmaterializou e tzum.
(...)
O resto da noite ... eu nem precisava do resto da noite para falar a verdade. Eu já estava em um estado suficientemente deplorável para aborver qualquer outras coisas.

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