fevereiro 20, 2016

.just happn.

.e depois de todo o turbilhao de coisas que se passaram desde os ultimos momentos, voce esta no seu cantomundo, gastando tempo e ocupando a mente com conversas vazias. sempre as mesmas conversas, os mesmos dialogos e o mesmo perfil. eu me sentia nula: sem vontade, paciencia, sentimento dentro de mim. ate quando eu vou continuar com isso? ate eu me esgotar e secar.

.match, crush, likes, flirt. passa um... dois... tres dias e tudo ainda esta igual. marca encontro, se veste bem, encara o frio, bebe. ri e beija e abraca e marca um segundo encontro que nunca mais vai acontecer - e de certa forma voce ate agradece. ate que uma conversa com uma linguagem dinamica, inteligente e detalhada ganha sua atencao e tudo que voce menos fez durante aquelas primeiras trocas de mensagens foi flertar. voce troca telefone, adiciona no whats mas nao pensa, num primeiro momento, em todo aquele ritual pre-determinado: marca encontro, se veste bem, encara o frio, bebe. ri e beija e abraca... voce simplesmente 'conversa'. a vontade/possibilidade aceita de isso acontecer foi se desenvolvendo quando estava saindo de ferias e enquanto estava no Brasil. mas sim, ela se tornou necessaria quando estava voltando de Berlim. ok, let's do it!!

.nao demorou muito para o fim de semana chegar e logo ele estar fisicamente perto de mim. o recebi em minha casa e cozinhei para ele. ganhei presentes e um abraco que jamais recebi dos lados de ca. eu estava nervosa por n motivos. ok, era um date descompromissado, nao tinhamos a obrigacao de nada ali... mas assim que o vi, eu ja me apaixonei por aqueles olhos, expressoes, sorriso e nariz. eu queria ser dele. era loucura pensar isso a primeira vista, mas se alguem naquele momento pudesse ler minha mente, eu estaria dizendo isso: eu queria ser dele - mesmo sem ter nocao de 'como' isso seria possivel e o que poderia significar. ele poderia me detestar, achar feia, burra ou nao boa o suficiente. enfim. mas ele foi gentil e paciente a noite toda. nos beijamos e foi tudo tao perfeito que mais parecia que ha tempos ja faziamos isso.

.a noite se estendeu, assim como os dias, noites, manhas, semanas, conversas, encontros, intimidades... e eu continuo gostando desse cara inteligente de 35 anos, daltonico, com gostos diversos e estranhos - como os meus - que nao combina roupa, que tem cabelo e barba grande, que cozinha muito bem, que se tornou vegetariano, que e paciente com meu ingles chulo, que sempre quer me ouvir, que me olha nos olhos, que esquenta minhas maos quando estamos juntos, que tem uma mente aberta para opinioes alheias, que torce para o Liverpool... e eu continuo querendo ser dele, aprender com ele, dormir e acordar com ele, sorrir com ele, nao fazer nada ou tudo com ele... mas ao mesmo tempo, meus passaros pretos nao param de cantar no estomago, me fazendo lembrar de todo medo que eu tenho em perder de novo, cair de novo, morrer de novo... de nao ser boa para ele, de nao conseguir conversar com ele... eu tento nao me apegar, tento ficar distante, nao pensar, nao escrever, nao sentir... mas como eu li estes dias: "love and purpose. those are te things that you can't plain. those are the things that just happen."

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