fevereiro 10, 2015

...(31) and couting...

.daí que você percebe que trouxe mais medos e expectativas do que roupas (licença poética tomada/roubada/amada/adaptada para minha pessoa). que aqui, você tem mais histórias alheias do que histórias suas. que a conexão/contexto/significado de amigo/amizade - em alguns momentos - se funde e confunde com interesses - o que realmente me assusta e me dá um nó. que no seu silêncio, seus pensamentos berram e você nunca está quieta. que a tal paz que você tanto procurava parece impossível de ser conquistada - quando na verdade 'antes', você encontrava fácil numa conversa, abraço, sorriso, olhar ou num simples andar de bicicleta. que a ficha da relação de tempo x distância x saudade não caiu. que 'logo isso passa', sem se tocar no tamanho 'disso tudo'. que você se reinventa a cada dia, quando acorda, e a cada noite, quando adormece. que cada moeda é sagrada e todo o controle ainda é pouco. que tudo aqui funciona, e com 'pesar', de forma simples e 'honesta'. que você e seus anseios podem ser seus maiores inimigos. que todo o esforço, mesmo que demonstre o contrário, é sempre válido. que não há julgamento, e sim, uma forma diferente de enxergar as coisas. que a vivência/atitude/história/erro/acerto do outro, pode ou não, ser o seu. que o 'idioma' é a última coisa que você vai aprender aqui. que as oportunidades para o amadurecimento aparecem a todo instante, em pequenas coisas, gestos, ocasiões, como se a vida jogasse com você. que infelizmente, nem todos conseguem aproveitar/entender/sentir/fazer isso. que o seu olhar não pára, olhando pros altos, pro céu, em busca de cada detalhe. que as pessoas são diferentes e você é uma delas, mas quando se fala em diferenças... que te pedirão muita compreensão e respeito, o que na maioria das vezes, nem sempre vão te dar - e que para isso é preciso 'respirar'. que a ajuda - dada ou recebida - , quando vinda com o coração puro, pelo simples fato de querer ajudar e ver o outro bem, ou não tão pior, será visto/sentido/considerado como 'o achado do ano'. que de repente, a vida, no meio desse turbilhão, pode ser legal e te trazer em uma noite um pouco de graça. que até mesmos as coisas ruins ou desconexas passam a fazer sentido: elas só te afirmam o que você quer, quem você é e o que veio fazer. e que saudade... realmente não tem tradução.

Nenhum comentário: