.das coisas que eu manjo.

.ok. eu posso me acostumar com as idas e vindas das pessoas, com as histórias impossíveis que acontecem comigo, com todas as dores, com todo o processo de começar-terminar, de dizer mais 'tchau' do que 'eu te amo', com toda solidão do fim do dia, com o vazio, com as saudades que a gente tem mesmo sem saber do que/de quem, com todas as lembranças vazias e incompletas, com todos esses sentimentos sem razão, mas não consigo me acostumar com a decepção. prefiro que me deixe aqui, sozinha, em paz, quieta, com toda essa minha loucura, rindo da minha própria desgraça, do que se despertada, tocada para falsos sentimentos. isso dói e me deixa descrente das pessoas. mais e mais.

.estar sozinha é uma escolha. não sou exigente, nem tenho moral para isso. na verdade sou fácil de levar, sou uma frouxa. pessoas me ganham a toda hora com sorrisos e abraços e inteligência. não precisa de muito. só precisa somar a tudo isso sinceridade +  honestidade, e pronto rapaz, eu sou sua. não precisa me prometer um casamento, uma relação duradoura, um amor tórrido - na verdade, todas essas promessas me assustam. pode ser coisa de um dia ou dois, uma semana, dois meses. a lenda do amor eterno e as histórias de contos de fada caíram por terra e eu me poupo dessa tortura. pode até ser passageiro, mas vai ser real. e não vai ser como mais uma mentira contada, mais uma vez. mas se for para ser assim, eu passo.

[caralhos, nunca é fácil]