janeiro 20, 2014

.cigarras explodindo no estômago.

.conheço isso. há tempos não sentia, mas ainda assim, ainda conheço isso. e não, não foi diferente.

.tudo corria bem no reino da Dinamarca: fim de semana seguido de uma segunda incrível, quarta de chamegos, sexta de conversas e vinhos. ou parte disso. enquanto aquela velha sensação ia aumentando, eu sentia ele mais distante. me evitando. fazendo promessas e descumprindo todas, dizendo que sentia minha falta apenas quando estava longe. era loucura achar que tudo estava bem e simplesmente ignorar.

.eu já vi isso, e no final, eu não estarei sorrindo.

.mas ainda assim ele veio no meio da madrugada, se explicar, desabafar, conversar, entender, me ouvir. me contou suas dúvidas, a ausência, os motivos, o turbilhão de coisas que passaram por cima dos dias-passados. realmente não foi fácil ouvir sem querer surtar e morrer e desistir e pensar: 'denovo... mais uma vez.' eu só ouvi, e... entendi. achei compreensível e assim tentei ser. me botei em seu lugar. e fiquei muda. confusa. com medo. medo de novo da perda, da rejeição, da dor.

.não desiste de mim.

.confesso: parte de mim desejava aquilo. eu me conheço. eu vou me fechar.

.acho melhor você decidir sozinho o que você quer. 
.mas não... eu não quero ficar longe de você.


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