.e foi assim: já tinha dado meu horário. era só pegar a bicicleta e ir embora. dai você pára, troca meia dúzia de palavras com quem fica, se despede e é educada e simpática. 'tchau, boa noite, até amanhã'. porque você é assim, sem fazer esforço. só que no meio do 'trocar de palavras', a pessoa diz 'deixa eu te beijar' e vem para cima de você. só dá tempo de você piscar e virar o rosto. e sem entender, sair andando. sem você sequer querer.
.me senti mal, culpada por não reagir. mas, e se foi tudo um mal entendido? calma, respira, pedala. chega em casa e pensa, pensa e pensa. e precisa desabafar. e pensa. e repensa. quando foi dada abertura ou liberdade para isso? sou eu mesmo tão culpada? mas eu deveria ter reagido. agora sou submissa. me odeio. odeio essa sociedade que acha que tudo é festa e tudo se torna íntimo e público e de todos. me senti invadida. eu só estava sendo educada, como sempre e como sou com todos. e do nada vejo aquele rosto de aproximando do meu. asco. raiva.
.me senti só, triste, frágil e idiota.
* ps.: isso pode ter sido um mal entendido. mas dói mais ainda saber que outras moças, meninas, mulheres ainda passam por isso, de forma real e contínua. se eu fiquei sem saber o que fazer e sentir, imagine elas.
* ps.: isso pode ter sido um mal entendido. mas dói mais ainda saber que outras moças, meninas, mulheres ainda passam por isso, de forma real e contínua. se eu fiquei sem saber o que fazer e sentir, imagine elas.
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