julho 20, 2013

.sobre despedidas.


.e isso já rolava desde que aquela conversa de "viajar" apareceu. Tipo, era outubro de 2012, mais ou menos, e eu já sentia que seria assim. passei esse tempo todo ensaiando uma despedida, aquele momento, tentando me manter calma e sã e normal, claro. a cada falta, saudade, ida, vinda, chegada, partida, eu me acabava. cada abraço, bom dia, boa noite era especial, pois logo seriam os últimos. e sim, eu tentei aproveitar o máximo de tudo, cada tempo e pedaço. tudo. de tudo. mas logo o "logo" veio e toda a distância aumentou. eu não segurei a barra. enlouqueci quando te vi mais indo do que vindo, fiquei insegura. faltava pouco e eu entreguei os pontos. ali você já passou a ter uma vida só tua. se era uma forma de você se proteger ou me preservar? nuca vou saber. as respostas? você nunca me disse. se o amanhã não vier... eu só queria saber o por quê das coisas. mas você impôs o teu silêncio e o desprezo e a indiferença. estas foram as últimas lembranças sentidas de ti. e doeu. doeu cada carinho que tinha aqui dentro. doeu cada centímetro do ego, do coração, do peito, da alma, do que você quiser que seja. eu só sentir doer. e antes de ir você me pediu para ter calma e eu me cuidar. e era só isso que eu queria. a todo tempo: uma reação humana, amiga, da pessoa que eu conheci.

(...)

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