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Eu estava muito bem com minha pseudo solidão imposta e com minhas pseudo paixões inventadas. Sem culpa, sem dor, sem nada. Sem sentir nada.
"Sem sangrar e sem sorrir."
Fácil e indolor.
Quando eu ainda estava a 06 horas daqui, mesmo antes de eu sequer imaginar, as pessoas falavam em amores e pares perfeitos. Eu ria junto e ainda debochava com um sonoro e fonético 'Cla-ro!'.
Daí o tempo passou, a Terra deu voltas e tudo aconteceu.
Quando eu o vi, pela primeira vez, desde o primeiro minuto, eu passei a acreditar naquela história toda de 'amor perfeito' e blablabla. E ele era assim, em igual. Idem. Perfeito. Fácil, de graça, sabe? Sem esforço e sem quase abrir a boca? Era ele.
Daí ele me olhou e tudo ficou mudo. Em pause. Virei para o lado, intimidada e pedi "Duas cervejas, por favor!!". E mais duas. E mais uma batida de morango com vinho.
Eu só queria ficar quieta, muda, para não estragar nada, só observando tudo em câmera lenta, igual no comercial da tv.
Ele falava sem parar. E a voz era doce. Fodidamente doce. Agradável. Me apaixonei por aquela voz. Voz suave, de menino. Mas logo ele se foi. Sem entender quase nada e o por que da partida, ele se despediu com um beijo rápido e se foi.
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E logo me ligou e me mandou as primeiras letrinhas que me fizeram sorrir ...
"Posso ligar? Estou com saudade de você, do seu sorriso. Beijos."
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