E por alguns instantes significativos e duradouros eu quis, naquele momento fazê-lo o mais feliz de todo mundo do mundo inteiro. Eu queria ter filhos com ele. Dar a ele uma menina linda e ve-lo sorrir, e segurar seu rosto perto do meu e olhar aqueles olhos que me fascinaram logo de longe.
Eu quis ter filhos dele e com ele. Eu, que sempre anunciei minhas avessas a filhos e ao mundo e amor pleno aos gatos (porque eu prefiro ter gatos do que filhos e acho que o mundo será podre para pôr filhos no mundo e que tudo se esgotará e o mundo vai mandar um foda-se para a merecida raça 'humana'), quis naquele instante parir e ter uma vida perfeita e eterna e de sonhos e de contos de faz de conta com ele. Nada importava. Nem as neuras e duvidas e certezas-incertas e trabalhos e estudos e contas. Nada. Eu queria ser a mulher dele, ter rotina e ser mãe da filha dele. E ponto.
Eu nunca quis ter filhos com alguém. Eu já pensei em ter filhos com um ou dois. No máximo. Coisas da adolescência. Já pensei e acreditei com todas as minhas incriveis forças que minha vida mudaria com tal pessoa e que eu teria enfim uma 'família' (lê-se : eu, ele e uma interrogação) minha. Mas não passava de planos bobos resultantes de paixoes e palavras jogadas e ditas para criar algo dentro de mim e da minha cabeça. Mas nunca quis realmente ter filhos. Parir. Engordar. Criar. Saca?
Déos.
Estou assustada ainda.
Bege.
Acho que vou comer uma ervilhas.
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