março 14, 2005

Toyland ltda.

Eu gostava da loja de brinquedos. Gostava de estar lá, conversando com crianças lindas, curiosas e educadas. Mesmo as pestinhas , dava-se um jeito e logo se arrancava um sorriso de alegria que compensava o dia.
Eu não gostava da gerente da loja. O seu passatempo preferido por longos 03 meses foi me atormentar. Se bem que, atormentar foi até leve, ela me fazia que palhaça mesmo. Ela me vigiava demais, me criticava demais e mandava demais em mim. Para uma gerente de lojas ela era bem 'demais'. E os chefes-donos também. Eles eram superiores 'demais'. Chefes demais. Ricos demais.
Eles não gostavam de mim, só a Charlene. Dela eu sinto saudades. Também.
Os 'demais' eram preconceituosos comigo (em especial rs) e hipócritas. Eu era só mais uma empregada- balconista. E a 'empregada-balconista' tinha piercings escondidos pelo corpo e tatuagens escondidas pelo corpo e isso não era bom. Era bom e bonito e moderno 'demais' nos filhos, filhas, sobrinhas e namorados das filhas, mas na empregada-balcnista' era feio, feio demais. Coisa de vandalo, vagabunda, drogada, rebelde e quem sabe até ladra! Neurose? Não minha.
Todos tinham 08 olhos em cima de mim e cuidados mais que redobrados. Tsc Tsc tsc Pobres pessoas ricas.
Com as crianças e os clientes era diferente. Eles falavam bem de mim, me elogiavam na frente dos donos e isso me satisfazia. Dava vontade de gargalhar em suas caras podrres e hipocritas e preconceituosas, mas eu me continha. Sou classuda, sabe? Mas isso durou até meu ultimo dia do meu contrato de experiência. E quando eles pediram meus documentos par renovar meu contrato, eu, com meu sorriso e postura, disse que não queria. eles? Ficaram com suas caras de bundas quietas. Eu cumpri o restante de minha carga horária e depois, fui beber com os amigos.
Desempregada, bêbada mas feliz.

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