Estranha. E triste. Estranhamente triste. Sei lá. Sabe quando parace que vc acordou do avesso? Sem mesmo ter dormido? Quando tua parte antônima, aquela mesma, ela, que vc e todo mundo tanto detestam, resolve se fazer presente em cada minuto das 50 h do seu dia? Sim, 50 h porque com ela aqui no meu pé, o dia acaba virando uma eternidade. É, eu tou assim. É, mas eu não deveria estar assim. Deveria estar cagando montes de alegria, sorrindo e vendo borboletas lilases pelas ruas, mas não. Tou aqui toda franzinhenta, olhando para esta merda de teto branco. Este teto que não me ajuda e não me da´luz, nem solução, nem respostas. É simplesmente é um teto que ‘não fede nem cheira’ sacas? Fiquei preocupada, com medo... medos, medinhos, sabe? Coisa de mulherzinha. Odeio isso. Odeio os dois. Ser mulherzinha e ficar com medinhos. Só me faltava essa, 500 anos na cara e com medinhos. Do que? Ou seria, de quem? Odeio isso também. E a vida não contribui ou só piora, ou só complica. E só me fode e vez e cada vez mais, e mais, e mais, e mais. E nada disso aqui é meu. Nem o quarto, nem a porra do computador, nem a tão sonhada paz. Paz? Dá para me dizer o que é isso? É guerra em tudo que é canto. Ate no meio da minha vida. Vidinha né? Porque nesse aperto que eu vivo, ta mais pra vidinha. Ah, contas e processos e stress e no money, no verbas, no bufufa, no doletas e eu de cara feia e eu aqui, estranha. E triste. Estranhamente triste. Sem pé, nem cabeça, nem roupas, nem putos no bolso. Que bolso? Que roupa? Que corpo? Esse aqui? O meu ou o teu? Não, porque nada mais me pertence, já é tudo teu. E acho que este é o meu medinho. O de eu ser toda tua e ficar aqui sem nada, em pause, em stand by, morta, encaralhada com esta merda. É, porque sempre foi assim. Eu já sou toda tua, de primeira, como nas outras vezes, em que fui de corpo, alma e sentimentos, todos os outros alguéns-ninguéns, joãos, alexandres, fernandos, marcos, Fabios,.. mas com vc é a primeira vez. E as nossas primeiras vezes a gente nunca esquece, infelizmente, porque elas são tudo o que eu gostaria de esquecer, agora e sempre, e ontem e ano passado, e retrasado. Mas só depois de amanhã. Só depois de tudo isso é que eu quero me esquecer e só quero lembrar de ti e teus abraços e carinhos. E dos nossos sorrisos e de mais nada. Não quero saber de planos e nada estrategicamente arrumado. Só quero saber do vc, de agora e do frio na barriga, que não passa e não me deixa dormir. Dormir. Eu queria dormir. Queria que a dona insônia me desse trégua e me deixasse dormir. Queria também ser magra e alta e saber escrever. Escrever algo ‘nexável’, com simetria, com valor , e cheiro e sabor. Algo melhor do que aquele conto erótico fajuto. Erótico? No mínimo insinuante, mas nada, nadinha de erótico. Nada de excitante ou excitado. Só um conto. Só um ponto. Ponto final. O meu final.
Efe –i-eme.
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Olhando a porra do teto!
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